sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Quem foi Jean Paul Sartre



Vida:

Foi um filósofo, e crítico francês, além de metereologista e escritor, conhecido como o principal representante do existencialismo ateu. 
Jean Paul Sartre nasceu em Paris no dia 21 de junho de 1905 e faleceu em 1980. Durante sua vida, Sartre escreveu muitas obras importantes, dentre as quais podemos citar: “A transcendência do ego”, “A Náusea”, “O ser e o nada” e “A Imaginação”.


Filosofia:

A existência precede a essência. Ou seja, o homem primeiro precisa existir no mundo para depois se realizar, se definir através de suas ações. E se a existência precede a essência, não há nenhuma natureza humana ou Deus que nos defina como homens. Pois Deus não é capaz de guiar as nossas vidas, Deus é a nossa covardia. A liberdade é nossa arma. Em conclusão o existencialismo é a filosofia que proclama a total liberdade do ser humano.
O poder da liberdade faz um homem angustiado quando este não consegue sustentar suas escolhas. A angústia é o receio da liberdade. E para se defender dessa angústia vem a má-fé. A má-fé é uma defesa contra a angústia e o desalento, porém é uma defesa equivocada. Pela má-fé renunciamos à nossa própria liberdade, fazendo escolhas que nos afastam do projeto fundamental e atribuindo conformadamente estas escolhas a fatores externos, ao destino, a Deus, aos astros, a um plano universal. Má-fé, não é mentir para outras pessoas, mas mentir para si mesmo e permitir-se fugir de sua própria autodeterminação. 
A liberdade é limitada pelo próprio homem. Esta autonomia de escolha é determinada pelas capacidades do próprio ser. Entretanto estas limitações não tornam a liberdade menor; são elas que a possibilitam, pois são elas que determinam nossas escolhas e impõem uma liberdade de eleição da qual não podemos escapar. É dos limites que o homem constrói os seus maiores artefatos.
Ser homem é tender a ser Deus; ou se preferirmos, fundamentalmente o desejo de ser Deus. O homem é aquele que se inventa a cada dia. “Nunca se é homem enquanto não se encontra alguma coisa pela qual se estaria disposto a morrer”.

  • Eu com o outro:
    Só através dos olhos dos outros posso ter acesso à minha própria essência. O homem por si só não pode se conhecer em sua totalidade. Só através dos olhos de outras pessoas é que alguém consegue se ver como parte do mundo.
  • Em-si
    O mundo é povoado por seres Em-si. Podemos defini-los como qualquer objeto existente no mundo e que possui uma essência definida. Para o criar, parte-se de uma idéia que é concretizada, e o objeto construído se enquadra nessa essência prévia. Um ser em si não possui potencialidades.
  • Para-si
    O para-si não tem uma essência definida. Ele não é resultado de uma idéia pré-existente. Sartre acredita que não exista um criador que tenha predeterminado a existência e os fins de cada pessoa. È preciso que o para-si exista e durante a sua existência ele defina a sua essência. A nossa essência imutável é aquilo que já vivemos.

Pensamentos:

  • “Nunca se é homem enquanto se não encontra alguma coisa pela qual se estaria disposto a morrer”.
  • “Cada homem deve inventar o seu caminho”.
  • “O homem não é a soma do que tem, mas a totalidade do que ainda não tem, do que poderia ter”.
  • “A desordem é o melhor servidor da ordem estabelecida”.
  • “Nasci para satisfazer a grande necessidade que eu tinha de mim mesmo”.
  • “Quando, alguma vez, a liberdade irrompe numa alma humana , os deuses deixam de poder seja o que for contra esse homem”.
  • “Um homem não pode ser mais homem do que os outros, porque a liberdade é igualmente infinita em todos”.
  • “Ser homem é tender a ser Deus; ou, se preferirmos, o homem é fundamentalmente o desejo de ser Deus”.
  • “Ainda que fôssemos surdos e mudos como uma pedra, a nossa própria passividade seria uma forma de ação”.
  • “Para saber uma verdade qualquer a meu respeito, é preciso que eu passe pelo outro”.
  • “O importante não é aquilo que fazem de nós, mas o que nós mesmos fazemos do que os outros fizeram de nós”.
  • “Todos os homens têm medo. Quem não tem medo não é normal; isso nada tem a ver com a coragem”.
  • “Detesto as vítimas quando elas respeitam os seus carrascos”.






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